Col du Petit Ballon

CURITIBA (batteries ok) A previsão do tempo para o primeiro dia não era das mais animadoras. Tínhamos uma escolha a fazer. Ficar em casa ou pedalar com o tempo ruim. Não faz sentido ficar em casa numa “bike trip”, então escolhemos pedalar. Ficamos monitorando o tempo, radares, etc, até que decidimos sair para a primeira montanha planejada, o Col do Petit Ballon. Uma curiosidade. A maior parte das montanhas nessa região são chamadas de Ballon. O termo Ballon que dizer “grande montanha arredondada”, voilà.

O Col do Pettit Ballon pode ser escalado por diferentes vias. Nós escolhemos, por acaso, a via saindo Soultzback, a qual está classificada como HC e tem 14km com gradiente médio de 6% (com picos de 15%, no início.) e ganho de 841m. O topo da montanha fica a 1163m. Esse ano o Petit Ballon estará na etapa 20 do TdF.

Rota do Petit Ballon (strava, relive)

No começo do pedal até parecia que tínhamos acertado na hora da saída. A estrada ainda estava úmida, mas o sol dava as caras de vez em quando e a temperatura estava na casa dos 8C. A rota até o começo da montanha consiste e estradas com pouco movimento e vários trechos de ciclovias no meio dos parreirais

Depois de um começo bem duro (lembrando trechos do Mortirolo), a estrada fica mais suave. O trajeto até o topo fica dentro da floresta, lembrando algumas estradas da região dos Pirineus. O fato de estar dentro da floresta nos protegeu um pouco do vento, que do meio da montanha para frente ficou muito forte. Olhando os dados meteorológicos, a rajadas eram de mais de 80km.

Só falta 3!

Chegando perto do topo, a montanha fica careca. Ou seja, não tem onde se esconder do vento, e da chuva que resolveu voltar. Na foto abaixo, a árvore ao fundo ilustra um pouco a força do vento. Os galhos estão todos do lado esquerdo.

Col du Petit Ballon em dia de vento forte e chuva

A descida não foi nem um pouco agradável. Molhado, com frio e sem sentir os dedos da mão, desci com muito cuidado. A temperatura estava na faixa dos 2C, mas o vento deixava a sensação de muito mais frio. As rajadas eram muito fortes e qualquer aumento de velocidade deixava a bike muito instável. Foi a descida mais lenta da minha vida. O importante e chegar inteiro para o proximo pedal. No fim da descida, a chuva parou e o vento ficou ao nosso favor. Hora de tentar fazer força para aquecer o corpo. Chegamos em casa, e o sol apareceu!

Apesar das dificuldades foi um bom pedal. A região é muito bonita e a estrada desafiadora. É obvio que com tempo bom tudo fica melhor. Mas aí não teria muita história pra contar.

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