BUDAPEST (going home) Ultimamente ando meio sem paciência para algumas coisas, uma delas é escrever nesse blog. Mas sei que se não fizer isso agora vou me arrepender, pois sempre gosto de relembrar alguns detalhes das viagens passadas para tentar não cometer os mesmos erros.
Apenas para contextualizar, essa é a nossa terceira viagem para pedalar. Novamente viemos em três pessoas. Nesse ano, eu, Oca e Eduardo. Para mim e para o Oca é o terceiro ano em seguida, ou seja, está se tornando tradição na família.
Seguem algumas notas com relação aos preparativos:
Viagem: Compramos as passagens na Azul. O preço estava competitivo e eu acho que das companhias nacionais é a melhorzinha. O problema foi que a Azul está operando esse voo em codeshare com a Aglia Azur, uma low-cost francesa que deve ter a frota mais antiga do planeta. Três dias antes da viagem, recebi um email dizendo que meu voo de volta tinha sido cancelado e que eu teria que voltar cinco dias depois. Depois de dezenas de ligações e um stress desnecessário, conseguiram me colocar num voo da TAP. Depois do voo Campinas-Paris, quase liguei para agradecer o cancelamento do meu voo de volta. Pior voo em anos!
Ainda sobre a viagem, discutimos bastante, eu e o Oca, sobre pegar o carro em Paris ou Lyon. Acabamos pegando em Paris. Acho que o melhor seria ter pego o carro em Lyon e ter feito o trajeto Paris-Lyon de trem. No momento do planejamento não levamos em conta o custo do pedágio das rodovias francesas. Tinha esquecido disso.
Casa: Reservamos novamente um casa via AirBnb, localizada em Grignon, redondezas de Albertville. Casa muito boa, mas como das outras vezes, apenas um banheiro. Eu diria que foi a melhor casa que ficamos até agora.
Em termos de localização, a casa do ano passado em Bagnéres-de-Bigorre era melhor pois para alguns percurso era possível para sair pedalando de casa. Em Albertville isso já não era viável. Possível sim, mas não muito viável.
Carro: O Oca reservou uma StationWagon, mas para variar nos deram outra coisa, um Ford CMax. Deu certo, felizmente. Ao invés de pegar um carro maior ou uma van, alugamos um Transbike na mesma loja que pegamos as bicicletas. Desta forma, transportávamos uma bike dentro do carro e duas no Transbike. Para três pessoas, acho que é uma boa solução. A parte mais chata era ficar colocando e tirando o TransBike a cada pedal. Mas certamente é melhor do que ficar circulando com uma van nas ruas estreitas da Europa.
Rotas: Para esse ano eu planejei algumas alternativas de rotas para escolhermos em função do clima e das pernas. Tem sempre aquelas etapas rainhas e nesse ano era o Col de L’Iseran, o passo mais alto da Europa e o Cormet de Roselend, em função da bela estrada do Col du Pré e represa de Roselend. No fim fizemos cinco dias de pedal e fomos abençoados com dias ensolarados e temperaturas não tão altas. Para mais detalhes, veja os próximos posts (em breve)
Bike: Reservamos as bikes no site rentmybike.fr e pegamos na loja VeloMinute que fica em Saint-Michel-de-Maurienne, nos pés do Col du Telegraph. Pegamos novamente a Lapierre, mas um modelo um pouco mais pesado do que aquela do ano passado. Essa também é um modelo Endurance, relação compacta (50×34, 11×32), mas equipada com um câmbio 105. Bike novinha e um serviço bem descomplicado. Em poucos minutos estávamos com as bicicletas e o Transbike no carro. Pagamos o mesmo preço de sempre, EUR 200 pela semana. O Eduardo preferiu levar a bike dele de Berlin.
Finalmente, esse ano foi o ano que treinei menos para a viagem. Em função do clima, viagem e fratura perdi várias semanas de treino. Consegui fazer tudo o que planejamos, mas o último dia foi sofrido, bem sofrido.