BMC TeamMachine SLR02, 2000km

CURITIBA (duas semanas de sol!) Essa semana completei 2000km com a BMC e agora já dá pra ter uma melhor impressão da bike. Só para contextualizar, a BMC tem três versões da TeamMachine. A SLR01 é o modelo usado pela equipe BMC com o quadro pesando cerca de 800g e custando os olhos da cara. O segundo modelo é a SLR02, com o quadro cerca de 200g mais pesado. Finalmente a SLR03 com 200g extras. O modelo que eu comprei é a SLR02 ano 2017.

Duas coisas chamam atenção nessa bike. Primeiro é o pequeno triângulo traseiro, o qual tem sido uma das assinaturas da marca há um bom tempo. A justificativa técnica para o baixo “seat stays” é aumentar a rigidez na parte traseira do quadro de carbono.

O segundo aspecto que salta aos olhos é a largura dos tubos, principalmente na junção do “Down Tube”com o “Seat Tube”. Novamente, o objetivo desses tubos largos é aumentar a rigidez e melhorar a transferência de potência. Comparada com a minha Giant Defy, a diferença de rigidez é gritante. A SLR02 acelera muito mais rápido.

A geometria da TeamMachine é agressiva mas não tanto. Eu diria que pra um ciclista de meia-idade (mais para os 50 dos que para os 40) ela é agressiva na medida certa. Apesar de não ser uma bike endurance, ela é bastante confortável. Fiz uns dois pedais com mais de 100km sem nenhum incômodo. Comparada com a Giant Defy tamanho L (Reach = 390mm e Stack = 605mm), a SLR tamanho 60 (Reach = 405mm e Stack 601mm) é um pouquinho mais baixa, mas consideravelmente mais longa. Ou seja, tamanho de quadro varia bastante de marca para marca, por isso é importante comparar as medidas de Reach e Stack (#ficaadica).

Outra coisa que me agradou bastante foi o desempenho na subida. Achei que ia sofrer um pouco mais por estar acostumado com uma bike extremamente boa de subida, mas fui surpreendido. Um detalhe, porém. Pela primeira vez estou usando um pedivela mid-compact (52×36). Parece que não, mas dois dentinhos fazem bastante diferença, tanto na   descida quanto na subida.

Depois de um bom tempo usando os pneus Michelin Lithium de 25mm, estou rodando com os Continental Grand Sport Race 23mm que vieram juntos com a bike. Me falaram que esse Continental dura menos que o Michelin, mas até agora estou gostando bastante dos pneus e considerando seriamente voltar para os 23. Veremos.

Com relação ao grupo Ultegra, nada a reclamar. Trocas rápidas e precisas tanto no câmbio dianteiro quanto no traseiro (ok, tudo novo por enquanto). O sistema DoubleTap da SRAM ainda me parece mais interessante pois você não precisa levantar o freio pra subir marchas. Uma questão de costume certamente. Nada que um câmbio eletrônico não resolva.

Finalmente as rodas. A bike vem equipada com um rodas Shimano RS21, não muito levem mas confiáveis. Concordo com um dos reviews que li antes de comprar a bicicleta: as rodas são competentes mas não fazem justiça a bike. Certamente umas rodas de carbono com medidor de potência combinariam melhor com o conjunto. Mas por enquanto é o que temos.